II Rural Juris

Nos dias 08, 09 e 10 de novembro de 2011 do Diretório Acadêmico Pontes de Miranda realizou o II Rural Juris ( A Semana Acadêmica do Curso de Direito de Seropédica). O evento contou com um minicurso (Conciliação) ministrado pela Dra. Noele Portal Caldas (Defensora Pública Titular da Vara Única de Seropédica) e a exibição de um filme (O Júri, da 20th Century Fox), além de três panéis: Superendividamento, Tribunal do Júri e Sistema de Cotas. Todas as atividades contaram com participação maciça dos alunos do curso.

Segue abaixo a programação completa e fotos do primeiro dia de eventos.

Primeiro Dia

Palestra: SUPERENDIVIDAMENTO

Dra. Alessandra Bentis
(Defensora Pública e Subcoordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor da DPGE/RJ)
Prof. Ms. Erica Paes
(Professora Assistente do Departamento de Ciências Jurídicas da UFRuralRJ)



Segundo Dia

Vídeo-Debate: O JÚRI

Palestra: TRIBUNAL DO JÚRI

Dr. Rômulo Souza de Araujo
(Defensor Público Titular da 1ª Vara Criminal do RJ e do Júri)
Prof. Dr. José Danilo Tavares Lobato
(Professor Titular de Direito Penal e Público da UFRuralRJ e Defensor Público)

Terceiro Dia

Mini-Curso: CONCILIAÇÃO

Dra. Noele Portal Caldas
(Defensora Pública)

Palestra: SISTEMA DE COTAS

Dr. Jadir Anunciação de Brito
(Professor Adjunto da UNIRIO)
Thula Pires
(Mestre e Doutoranda em Direito Constitucional e Teoria do Estado pela PUC-Rio)
Prof. MS. Alexandre Mendes
(Professor Assistente da UFRuralRJ)

Defensor Público Geral ministra 1ª Aula Magna do curso de Direito da UFRRJ

Nilson Bruno Filho explica em Aula Magna como atua um Defensor Público.




O que é a defensoria pública? Como essa instituição atua? Como fazer para ser um defensor público? Foi para responder a essas perguntas que o curso de Direito da UFRRJ realizou, no dia 13 de abril, no Salão Azul do P1, a aula magna de direito, com o Defensor Público Geral do estado do Rio de Janeiro, Nilson Bruno Filho.

O evento contou ainda com as presenças do Magnífico Reitor da UFRRJ, Ricardo Mota Miranda, do coordenador do curso de Direito do campus Seropédica, Daniel Nunes Pêcego e do professor adjunto e defensor público, José Danilo Tavares Lobato. O Salão ficou lotado e todos atentos à aula ministrada por Nilson Bruno, inclusive o diretor do ICHS, professor Antônio Carlos Nogueira. Como destacou o professor Danilo, o público ali presente estava como que na posição de “alunos”, inclusive ele.

De uma forma descontraída, mas também com muita certeza do que estava falando, o Defensor Público Geral do Rio de Janeiro mostrou para como e porque se apaixonou pelo trabalho da Defensoria. Segundo ele, trabalhar nessa área é apaixonante pelo fato de ser a única do direito onde estão, no mesmo patamar de importância, o pobre e uma importante empresa.

Para Nilson Bruno, o grande caso de sua vida profissional, marcante e peculiar, foi o de Maria Aparecida Ventura Fernandes, que ficou 14 dias presa por falso testemunho. Na delegacia, ela confessou ter visto o irmão matar seu companheiro. Contudo, para o promotor, declarou que não viu e, por isso, foi presa.

O inusitado da situação é que Maria Aparecida deveria ficar presa, no máximo, um ou dois dias. Porém, o defensor público que trabalhava com Nilson Bruno na época não passou o caso para ele. No lugar disso, guardou e o processo ficou esquecido, levando Aparecida a permanecer muito mais tempo presa. Conseqüentemente, ela passou  somente a conseguir dormir à base de fortes remédios.

Na época, Nilson Bruno defendeu Maria Aparecida, cuidou do caso e entrou com uma ação contra toda a equipe. Infelizmente, apesar do profissionalismo e empenho do defensor, este fato fez com que Aparecida ganhasse a inimizade da maioria dos seus companheiros de trabalho. Nilson, por outro lado, passou a se apaixonar pela defensoria pública.

Em seguida, Nilson Bruno respondeu algumas perguntas da platéia. Muitas foram as dúvidas sobre o concurso para o cargo de defensor público. Para ele, a avaliação é uma das mais corretas que existem, sem nenhum tipo de escândalo já relatado. Além disso, só passam realmente os melhores, uma vez que mais de duas mil pessoas tentam o concurso e são disponibilizadas de 30 a 40 vagas.

Nilson Bruno afirmou, ainda, que o concurso é mais um diferencial da Defensoria. Como somente são aprovados os melhores e quem é atendido por essa instituição normalmente não tem condições financeiras para pagar um bom advogado, o defensor público oferece ao seu cliente acesso à justiça e à cidadania. Muitas vezes, quem não tem dinheiro acaba conseguindo um advogado melhor do que aqueles que possuem.

Ao final do evento, o professor José Danilo agradeceu a presença de todos e afirmou que ele entrou para a história da Rural, já que foi a primeira aula inaugural do curso de Direito, teve a presença do Defensor Público Geral do Estado do Rio de Janeiro e gerou nos alunos um conhecimento maior sobre o que é a Defensoria Pública, provocando uma reaproximação entre a universidade e o campo prático.


por Douglas Maços

Texto original em: http://ichsemfoco.blogspot.com/2011/04/nilson-bruno-filho-explica-em-aula.html
 
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